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Se é possível ter uma certeza nesses últimos tempos é a de que o home office virou a realidade de muitas empresas. Atuar de casa se tornou uma conquista tanto para colaboradores quanto para companhias. Entretanto, acabou trazendo um desafio para RH e gestores quanto a traçar métricas de trabalho remoto.
Acostumados a realizar análises in loco, os líderes têm, agora, de se adaptar ao modelo trazidos pelo novo normal. Com grande parte, ou até 100%, das equipes atuando a distância, é preciso assimilar métricas de trabalho remoto. Este artigo apresenta soluções interessantes para acompanhar os colaboradores neste modelo de trabalho, avaliando desempenho e oferecendo o suporte necessário.
Home sweet home
A pandemia do coronavírus padronizou o que vinha se tornando uma tendência em nosso País: o home office. As empresas se viram obrigadas a adotar o modelo e, apesar dos atropelos e das dificuldades, o trabalho remoto caiu nas graças da grande maioria de empregadores e empregados.
No Brasil, um levantamento realizado pela ISE Business School concluiu que 80% dos gestores aprovam o método e a sua produtividade. Do outro lado da balança, 69% dos profissionais declaram que a empresa dos sonhos precisa oferecer home office e horário flexível. Os dados aferidos por uma startup de recrutamento foram coletados em uma pesquisa com 378 pessoas.
O Brasil reflete a tendência observada mundo afora. A consultoria internacional Buffer em seu levantamento “Status do Trabalho Remoto em 2020” (“2020 State of Remote Work”), produzido com base nas respostas de 3.521 profissionais, indica que o home office é um sucesso incontestável.
Entre os entrevistados, 70% declararam que estão felizes com esse modelo e outros 19% que gostariam de atuar remotamente com mais frequência. Quando questionados sobre a maior vantagem do home office, 32% apontaram a habilidade de ter uma agenda flexível. Os profissionais destacaram como principais reveses as dificuldades de colaboração e comunicação (20%) e a solidão (20%).
Principais métricas de trabalho remoto
Benefícios como economia de tempo e de recursos, além da alta na produtividade, não são suficientes para dispensar o acompanhamento dos times.
Dessa maneira, as métricas de trabalho remoto precisam ser adotadas pelo RH a fim de manter o bom funcionamento dos negócios e a satisfação dos colaboradores.
Acompanhe, a seguir, indicadores que você pode adotar em sua companhia.
Horas trabalhadas
A gestão de pessoas tende a ficar mais complicada quando elas trabalham a distância.
Uma métrica importante para indicar o comportamento do profissional é a que indica as horas trabalhadas. Veja quanto tempo seus times passam em frente ao computador e se as entregas continuam como antes.
Esse é o primeiro passo para saber se seus times estão sobrecarregados ou podem aceitar mais tarefas.
Preste atenção aos colaboradores que ultrapassam constantemente o horário de trabalho para entender se eles estão correndo risco de desenvolver síndrome de burnout na empresa, por exemplo, ou se desejam novas oportunidades.
Com base nessas informações, o RH saberá se deve contratar, prestar suporte médico, rearranjar times ou mesmo demitir pessoas.
Velocidade da conexão
Quando o trabalho é remoto, a internet ganha ainda mais relevância. Quando a sua rede não é rápida ou confiável, os colaboradores levarão mais tempo para receber e-mails importantes, acessar arquivos e cumprir tarefas. A comunicação também é prejudicada porque videochamadas demandam uma conexão estável.
Conte com seu time de TI para oferecer uma rede VPN de alta qualidade aos seus funcionários. Afinal de contas, o acesso à internet interfere diretamente na experiência dos colaboradores e pode causar desgastes desnecessários.
Retenção de talentos
Para continuar garantindo o sucesso dos seus negócios, é preciso reconhecer os funcionários que se adaptaram bem ao novo modelo e mantêm alto desempenho.
Nestes tempos incertos, é fundamental reter seus grandes talentos. Invista em uma métrica para conhecer a taxa de atrito entre seus profissionais, identificando quantos saíram e quantos foram contratados desde o início do ano, por exemplo. Um turnover elevado durante uma crise, como a pandemia, só traz prejuízos à sua companhia.
Satisfação dos empregados
Aposte em métricas para entender como está o ânimo de seus colaboradores. Vale a pena realizar uma pesquisa entre seus profissionais para saber como eles se sentem em relação ao trabalho remoto e à empresa.
Ao ouvi-los, a empresa demonstra que se importa com o bem-estar e está se esforçando para traçar melhorias na gestão.
Opinião dos clientes
Como descreve Owen Jones em seu artigo “5 Metrics for Remote Workers”, “5 Métricas para Trabalhadores Remotos” em português, saber se o consumidor está satisfeito com a sua empresa é uma das métricas mais úteis para nortear os seus negócios.
É essencial saber como os times remotos afetam o relacionamento da companhia com clientes. Verifique o que a clientela acha da comunicação com colaboradores, ou seja, se eles são bem tratados, se há confiança em sua marca e existe aprovação das entregas realizadas e o que poderia ser feito para melhorar esses trâmites.
Aferição de colaboração
Que tal ter um ranking de produtividade em suas mãos? A startup americana Einable desenvolveu uma inteligência artificial chamada Trigger-Task-Time que calcula a rapidez com que funcionários em home office concluem diferentes tarefas e sugere maneiras de acelerá-las.
A ferramenta analisa o comportamento antigo e o atual do funcionário e lhes confere notas, auxiliando os superiores a definirem novas estratégias.
Já a empresa britânica Status Today monitora as interações entre os funcionários para identificar quem colabora mais no trabalho, revelando funcionários que seriam os potenciais agentes de mudança.
Se você deseja também motivar suas equipes durante o home office, confira 9 dicas de baixo custo.